O mês de fevereiro é dedicado às campanhas de Fevereiro Roxo e Laranja, que abordam a conscientização e prevenção da Fibromialgia, Alzheimer, Lúpus e Leucemia, respectivamente. Todas essas doenças são consideradas crônicas, ou seja, são definidas como condições de lento desenvolvimento e longa duração, podendo acompanhar a pessoa durante toda a vida, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesses casos, os sintomas tendem a persistir por período superior a seis meses, e requerem tratamentos e terapias longas ou mais complexas. A dor crônica pode apresentar diversas origens e manifestações diferentes. No caso da Fibromialgia, a dor é nociplástica, pois não está relacionada a uma lesão especifica, mas sim ao aumento da sensibilidade aos estímulos táteis.
O Alzheimer é uma doença crônica não congênita, isso quer dizer que ela não é transmissível e se desenvolve ao longo do tempo. Nesse tipo de doença crônica, o caso pode não haver cura.
Quanto ao Lúpus, é uma doença inflamatória crônica autoimune, em que o próprio organismo ataca os órgãos e tecidos. Possui duas variantes: lúpus cutâneo, que se caracteriza pela manifestação de manchas avermelhadas na pele e o lúpus sistêmico, onde um ou mais órgãos internos são prejudicados.
Já o tipo de Leucemia considerada crônica é a Linfoide (LLC), que envolve as células mieloides da medula óssea, o que, de acordo com a OMS, a classifica como neoplasia mieloproliferativa, quando a medula óssea produz células sanguíneas de forma exagerada e param de realizar suas reais funções.
Ambas as doenças acabam acarretando outras alterações fisiológicas como insônia, ansiedade e depressão, o que torna o tratamento difícil e, em muitos casos, incapacitante, pois compromete a qualidade de vida.
Cerca de 40% dos pacientes com dor crônica não respondem adequadamente ao tratamento convencional, mesmo com a combinação de diversos fármacos. A cada ano surgem novos estudos com evidencias que comprovam a eficácia dos canabinoides no tratamento de dor crônica refratária como dor neuropática e a fibromialgia, pois são capazes de se ligar em múltiplos receptores relacionados ao controle da dor, além de possibilitar a redução dos medicamentos alopáticos e seus efeitos adversos. Os canabinoides também modulam o componente afetivo relacionado a dor, o que ajuda nos casos de depressão e ansiedade.
Um estudo intitulado Safety and Efficacy of Medical Cannabis in Fibromyalgia, analisou por seis meses 298 pacientes com Fibromialgia que sofriam com dor intensa, insônia e depressão comórbidos. Além da redução da dor, houve resolução da insônia em 73% dos pacientes e em 80% dos casos de depressão.
Ademais, muitos outros estudos comprovam a eficácia dos canabinoides no tratamento de dor crônica de diversas origens, tais como as citadas aqui.
Se você sofre com dor crônica, fale com seu médico a respeito e encontre o melhor tratamento para sua saúde.
Por Emanuel Teixeira